sábado, 21 de novembro de 2009

Tranquilidade estranha

Certo dia no devaneio de minha loucura escrevi no msn a seguinte frase: "Existe uma tranquilidade estranha". Dias após me surprendo com a simbiótica relação da distância. Lá pelas bandas do centro do Estado onde os cavalos disputam corridas eletrizantes e existe uma santa negra, alguem pensou e materializou a clara expressão da loucura em mim e provavelmente nele tambem. E assim foi-me presenteado e dito por este amigo:

Existe uma tranquilidade estranha, que até se torna perturbadora. Como o louco, que conhece bem o corredor estreito e frio, que de tanta tranqüilidade atordoa. E não há razão maior para temer se a calmaria chega com o morrer da noite e volta com o nascer? Mas que tranqüilidade pode existir, se na estranheza do meu ser, eu, que nem baixa nem alta tenho, pois sou o dito louco, me atordôo com o simples silêncio, que me força falar, falar e falar sempre com os outros.
Porém, que loucura existe em mim?
Ah,tudo bem, sou louco sim, tão louco que chego a fingir-me de certo, pra contentar a loucura, que de tão perturbadora e estranha me tranqüiliza, com um sorriso fino e um olhar profundo, que somente aos certos é que perturba.

sábado, 7 de novembro de 2009

tempo

outubro passou, novembro chegou e dezembro esta ai!
luzes começam a tomar conta da cidade.
odeio natalices!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sempre o princípio

O tal do velho baú com suas relíquias antigas novamente foi aberto. Junto dele surgiram fantasmas que não esperava reencontrar. Assombrações repletas de nebulosidade gritavam e me faziam perder o controle. Não sabia o que pensar, mas era real e muito concreto. Impossível desconsiderar. Eis que em meio a aquela nostalgia, brotaram esperanças incrustadas no veludo perfeito daquelas rosas vermelhas que acariciavam suavemente meu corpo e que a qualquer momento poderiam me fazer sangrar tão vermelho quanto sua beleza. Fiquei tonto. Tão tonto quanto alguém que acaba de acordar de um desmaio e subitamente tenta entender o que está acontecendo. Com o corpo ainda leve penso nas agruras e no peso que eclode em meus músculos me fazendo refletir sobre as provocações que surgiram durante este delírio. Quando tudo se ajeita parece que o mundo vem e te exige um posicionamento fazendo com que seus princípios te soquem internamente a fim de valorar o que de mais primitivo há.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Crazy Relax!

Porque tem que ser assim?
De uma hora pra outra
Desequilíbrio, tontura, loucura,
Não me desestruture
Deixa-me ser
Não te meta no meu mundo
Seja ele, faça ele
Assim como fácil é viver
Crazy relax!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Abracei a loucura e (re)encontrei o amor!

Naquele dia, queria apenas abraçar a loucura como forma de intensificar o sentido do eu subjetivo e vibrar com intensidade. Eis que surge o amor dançando ao final daquele corredor humano. Um sorriso e um olhar fizeram-nos desejar o doce. Intencional, mas suavemente toca meu corpo. Pergunta sobre minha vida, sobre o meu dia e assim o encanto acontece. Loucura e Amor novamente juntos!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Corações azuis e bonés coloridos

Resignificar o eu desconhecido. Usar e abusar desta descoberta. Deixar a vida mais leve. Pensar num passado de corações azuis e bonés coloridos. Minha historia? Nunca desconsiderei! Não nego a dor, apenas deixo suspensa. Prefiro neste tempo lembranças que inflam o ego. Um sorriso maroto, alegria de criança e amor de homem maduro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Embriaguez da Lucidez


Como pode alguém amar tanto assim?
Como podemos nos entregar desta forma?
Será que somos tolos e não enxergamos as coisas?
Impossível eu ter sido tão burro!
Eu via cumplicidade e entrega também,
E amor, muito amor!
Talvez eu chame isto de embriaguez da lucidez
Por isso que é amor;
Coisa que não se explica;
Um processo químico pelo qual o cérebro passa;
Deixando-nos bobos, sem perceber muita coisa.
Dizem que está relacionado ao cheiro e ao hormônio;
A masculinidade do outro acaba nos embriagando embora estejamos lúcidos!
Por Chatice e Grecco

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Olhar por dentro!



Nestes dias de sono profundo e de entrega a loucura, tenho descoberto pessoas que encantam, riem e choram como se tudo aquilo que acreditassem fosse real. E quem disse que nao é? Mundos paralelos, universos misteriosos, tristeza e felicidade intensa, realidades construídas e muitos cuidados. Não sei se às vezes é apenas o desejo de inconscientemente cuidar daquilo que negaram, mas vejo amor ao diferente, respeito e aprendizado cercados de uma inconstante relação de limite. Nas casas, as vidas se estabelecem num aprender diário. Nada é igual, o erro pode parecer acerto, assim como aquilo que parece certo já não o é. O que se passa nestes mundos? Que sonhos alimentam a alma destes andantes? Quem sou eu neste universo? Apenas reflito o que a sociedade me impõe como o que entendem correto ou realmente sou o que sou? Perguntas me fazem analisar meu eu profundo e parece que a confusão mexe com os meus sentidos. Já não sei o que sou e nem o que quero. A duvida que paira em meus pensamentos sobre o que sou me faz perceber que ninguém é nada senão apenas um sopro de vida desejante pedido lugar.

domingo, 10 de maio de 2009

Vidinha minha



Folhas de plátanos douradas iluminam o outono sempre vivo...
Três vezes sexo e café por duas,
Sol no parque acompanhado de estudos sobre a histeria,
Dor de cotovelo com Cartola,
Amigos sempre por perto embora distantes,
Eleição do Conselho Tutelar,
Bar Brasil,
Empate do Grêmio,
Mãezinha amada no telefone,
Vidinha minha!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Novidade!

Novos temperos, novas cores e novas delicias!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Flores amarelas!



Não sei quanto tempo você esteve ali. Quieto, aguardava tranqüilo o nascer de novos dias. Assim que o vento soprou forte e leve, naquela fria noite de outono, você apareceu quente e brilhante, vestido em colares de flores amarelas e ressignificando sentimentos de minha vida. Do inesperado fez vibrar desejos que cobrem o corpo de suor e aquecem a alma de qualquer homem que ama. Você me faz muito feliz!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Escritos de Duas Mãos

De repente o dia ficou escuro e a lua estava cheia, tudo acontecia de forma estranha. Passamos a ter a lua em pleno dia e as pessoas, apavoradas se trancaram em suas casas com medo. O medo é presente na vida de todos. Passaram-se dias e as pessoas se adaptaram com aquela diferença. Limparam suas casas, trocaram aquilo que era dia e quando acordavam passaram a ir dormir. Foram ao trabalho quando era noite, embora fosse dia. No horário de não comer, comiam. Que cheiro maravilhoso!
De repente uma nuvem preta foi se aproximando da cidade e escondeu a lua e o sol e ela era um bando de gafanhotos. O mundo ficou vazio porque os gafanhotos comeram tudo mas tudo teve um novo inicio quando um senhor, com muita fome, resolveu experimentar um gafanhoto e viu que frito era bem saboroso. Daí ele criou o espetinho de gafanhoto e passou a distribuir para os sobreviventes e depois vender. Inclusive foi na Ana Maria Braga mostrar a receita para os telespectadores do programa “mais você” e ficou muito rico.
Pafuncio com tanto dinheiro tinha o mundo em suas mãos viajou tanto que acabou criando muitas receitas e alem de gafanhotos começou a utilizar outras especiarias, dentre elas, rabos e orelhas de ratos para sopa , enquanto as baratas servia a dore.
Mas um dia, após jantar fígado de rato ensopado, Pafuncio ficou muito triste ao pensar no seu amor de infância. Sofia era uma moça doce, de lábios carnudos e olhos cor de mel. Eles se separaram porque Sofia era chulepenta. O amor não suportou o fedor e Pafuncio fugiu sem nada dizer. Aquele fígado de rato fez lembrar o cheiro do chulé e as alegrias que tinha com Sofia. Mas como ele era rico, agora poderia pagar um tratamento para o chulé de Sofia e para o seu bafo porque agora não parava de comer ratos.
Pafuncio mandou buscar Sofia, pagou-lhe os tratamentos necessários e fez-la uma dama. Sim, aquela dos jogos, sempre ao lado do rei, mas necessitada do valete. Tremores e rancores tomavam seu corpo. Algo precisava ser feito. Ela foi até a NASA e a levaram pra a lua. Na lua ela pode refletir enquanto flutuava pelo sistema solar. Ficou tonta e quando voltou não sabia onde estava. Era o mundo de Sofia. Ela não reconheceu sua família. Sofia foi parar numa clinica psiquiátrica e eu Gudy cansei de escrever. Diego manda aquela mulher calar a boca!*

*A mulher que Gudy pedi pra Diego mandar calar a boca é uma palestrante que esta falando sobre letramento. Resolvemos, enquanto ela expunha seu pensamento, que em nada nos interessava naquele momento, criar uma outra norma e alheios ao que acontecia ao nosso redor deixamos fluir nossa imaginação. Criação pura com muitas bobagens e risos.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Alegria e sentido a nossa vida

Hoje completam-se 27 dias de afastamento. Preciso dizer que neste tempo de ausência, vivi e sobrevivi, apenas isso. Tive dias de asfalto e de nuvens, outros de dor e de alegria, sem contar à saudade que volta e meia flechava meu peito, que sangrava e sorria, pois ali, logo em frente, um novo encontro e uma nova amizade. Tudo regado ao principal e especial prato servido naquele restaurante, o saboroso aprender. Participei de uma formação para me tornar educador. Educador? Como se não o fosse. No momento que nos comprometemos, já nos colocamos em movimento e tudo flui. Aprende-se e ensina-se aqui e agora. Mas enfim, formalidades de um tempo que considera os títulos muito mais importantes do que a vida. Não quero aqui referir ou subtrair a importância da academia, pelo contrario, nela construí um pouco do que sou, mas não me basto por ela e nem o quero. Talvez este seja meu ensinamento: que todos possam buscar as teorias para dar sentido e alegria as suas vidas.

terça-feira, 10 de março de 2009

Kombi Vermelha!

Na mesa azul, além da Kombi vermelha,
Diversas cores em grafites coloridos,
Nela forjo sonhos e esperanças.
De verde e amarelo pinto esse novo devir,
Tomado de medo e de insegurança.
Novo espaço e nova ordem,
Construção de um outro tempo,
E de uma nova memória.

domingo, 8 de março de 2009

Simplicidade na Gentileza!

Esta semana li no blog de um dos meus: “Já não sinta-se bem em ser cortês. Não sinta-se bem em ser gentil. Não sinta-se bem em ser educado. Não compareça aquele compromisso. Nem ligue para avisar. Acerte uma coisa e mude as regras no meio do jogo. Não retorne os e-mails. Simplesmente aja como se o outro não existisse. A sua vontade é imperativa! Faça isso. Quero poder estar longe de ti.” Isso não era pra mim. Pelo menos espero que este desabafo não o seja. Mas o vejo como um grito de alguém que ama. E tocado pela sua tristeza e indignação frente à indelicadeza de pessoas arrogantes e prepotentes deste nosso capital individualista, lembrei instantaneamente do Profeta Gentileza. Imagino que de alguma forma ele possa servir de inspiração para que possamos ser diferentes, para que possamos romper com esta “vontade imperativa” e fazer valer não apenas o “eu”, mas principalmente o “nós”. Que a simplicidade e a gentileza tomem conta de nossa ser!!!
Sintese da história do Profeta Gentileza:
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano", o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Na antevéspera do Natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "José Agradecido", ou simplesmente “Profeta Gentileza”.
Após deixar o local que foi denominado “Paraíso Gentileza”, o profeta Gentileza começou a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Durante a ECo -92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e incitava-os a viverem a gentileza e a aplicarem gentileza em toda a Terra. O Profeta faleceu em 1996 e encontra-se enterrado no Cemitério da Saudade. Fonte: wikipédia

Assista!

http://www.youtube.com/watch?v=VKnVAZHehV0

(p.s.: Não estou conseguindo postar o video. tentando resolver o problema.)

domingo, 1 de março de 2009

A volta do pássaro misterioso!

Como um pássaro misterioso ele voltou. Coisa boa poder receber de braços abertos um amigo que andava distante. Sem pudores, sem preconceitos, sem perguntas. As coisas fazem sentido quando são aceitas no coração, sem que necessariamente tenham que ser explicadas. E assim, bem assim, te recebo e te acolho com toda a intensidade com que sempre vivemos. Um gigante no corpo de donzela. Amigo que nas suas escolhas tem aprendido e que no aprendizado tem lutado. Por vezes uma luta vã, mas mesmo assim de afirmação de uma identidade. Preocupo-me apenas em saber que ele sucumbiu à pressão dos seus. Mais um!!! Parece que conheço uma historia assim. Mas deixa pra lá. Bem pra lá! O importante é que esta volta seja repleta de beleza, de curiosidades e de muita felicidade, mas principalmente de muitas cores!!!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Tenho um novo coração!


Hoje tive uma daquelas experiências que motivam e faz dar vida ao coração de qualquer andante. Cheguei meio de canto, sentei-me a esquerda do telão central e ali senti tremores e calafrios, em seguida sentimento de tranqüilidade. Fui tomado de um desejo de partilha, de troca e de reflexão. Coloquei-me no lugar de parceiro e de ouvinte, compreendendo um pouco das angustias, limites e possibilidades do trabalho em educação num município que tem o título de capital dos livros. Se bem que ultimamente não vejo mais as pessoas nas praças fazendo suas leituras como tempos atrás. Não imaginava em nenhum momento a reação que se apresentaria. Até porque se faz um novo ano, uma nova direção política e um novo processo de aprendizado. Minutos antes ouviam-se palavras proferidas por sua simpatia e firmeza que definiam um pouco do trabalho que estava sendo proposto. Palavras repletas de significado e de simbologias que são construídas e absorvidas por cada um de uma forma diferente embora concreta, dando novo sentido ao fazer profissional ou reafirmando valores anteriormente construídos. Do alto de sua consciência concreta, aqueles olhos me chamaram para ocupar seu espaço e estabelecer uma relação de conexão. Tomei cuidado para medir palavras, mas também coloquei o pé na jaca. Tem coisas que precisam ser revistas, conceitos que precisam ser aprofundados e experiência que precisam ser focadas. Falamos de nossa sociedade e do papel e importância do educador no contexto da transformação social e política. Da necessidade premente de ouvir o outro e de repensar velhas práticas educativas. Tomar-se de autoridade e não de autoritarismo. Estabelecer o respeito na relação com o estudante e sua família e principalmente ter atenção a todos os sinais que são apresentados no cotidiano institucional. Estabelecer uma relação de vínculo afetivo, de confiança e também de aprendizado com os pequenos transformadores. Garantir a cidadania em supremacia ao conteúdo. Parar quando tiver que parar, problematizar quando tiver que falar e sentir quando tiver que sentir com o intuito de construir esse novo devir, cheio de alegrias e sem apagadores violentos que voam. Enquanto falava, muitas coisas passavam pela minha cabeça. Lembrava do tempo de Movimento Estudantil Secundarista, depois Universitário. Das lutas em prol de uma educação gratuita e de qualidade. Das vitórias e derrotas estabelecidas na Fundação Assistencial Dois Irmãos. E com todo o amor do mundo pensava que pode ser muito simples materializar uma educação que promova a transformação, bastando apenas comprometimento e uma boa proposta político pedagógica, que sirva de guia e de direção para o exercício profissional. Não sei se disse tudo isso, mas lembro que meu corpo ardia de desejo. Percebi alguns olhares de luta. Outros pareciam distantes. Alguns reflexivos. Quem sabe tenha quem não ouviu. O importante mesmo foi partilhar. Mas enfim deixei um pouco da minha vida, do meu trabalho e dos meus sonhos com aquelas pessoas e comigo foi-se um novo coração.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

É preciso saber preservar-se: a mais dura prova de independência

Ultimamente tenho andado distante, imerso no mundo da magia, da cientificidade e da minha renovante loucura alucinante. Portanto desconectado do mundo real. Desculpa a ausência, mas ela faz parte de um novo encontro. Tenho lido algumas coisas e uma delas resolvi partilhar para que possamos nos preservar.

NIETSCHE, Frederich Wilhelm. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução, nota e prefácio Paulo Cezar de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. P 43.

Ai vai, cuidado ao ler!!!

É preciso testar a si mesmo, dar-se provas de ser destinado á independência e ao mando; e é preciso fazê-lo no tempo justo. Não se deve fugir as provas, embora sejam por ventura o jogo mais perigoso que se pode jogar, e , em ultima instancia, prova de que nos mesmos somos as testemunhas e os únicos juizes.
- Não se prender a uma pessoa: seja ela a mais querida. Toda pessoa é uma prisão, e também um canto.
- Não se prender a uma pátria: seja ela a mais sofredora e necessitada. Menos difícil é desatar de uma pátria vitoriosa o coração.
- Não se prender a uma compaixão: ainda que se dirija a homens superiores, cujo martírio e desamparo o acaso nos permitiu vislumbrar.
- Não se prender a uma ciência: ainda que nos tente com os mais preciosos achados, guardados especialmente para nós.
- Não se prender ao seu próprio desligamento, ao voluptuoso abandono e afastamento do pássaro que ganha sempre mais altura, para ver mais e mais coisas abaixo de si: o perigo daquele que voa.
- Não nos prendermos as próprias virtudes e nos tornarmos, enquanto todo vitimas de uma pessoa particularmente: o perigo por excelência para as almas ricas e superiores, que tratam a si mesmos prodigamente, quase com indiferença exercitando a liberalidade ao ponto de torna-la um vicio.


É preciso saber preservar-se: a mais dura prova de independência.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mão Direita!

Tudo ficou cinza. As pessoas em câmera lenta passavam e fitavam-me. Meu corpo foi tomado de uma leveza incandescente. Já não possuía controle sobre mim. Estava sozinho e tinha medo. Sem identidade pensava na morte. Minhas pernas não agüentaram o peso de meus pensamentos. Sem pudores deitei a beira do cordão daquele passeio imundo. Em posição de feto sentia os círculos da vida e de novo a solidão me fez companhia, tentava gritar, pedir socorro, ninguém ouvia. A multidão observava e nada fazia. Queria apenas um braço amigo que confortasse minha alma. Pareciam horas, mas foram minutos intensos. E aquele descontrole que antes parecia revelador passou a ser perturbador. Estava a parte, imbricado em outra realidade. Meus pensamentos, minhas angustias e minhas tristezas. Eis que surge um careca e um belo sorriso estendendo sua mão direita.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Violência Sexual!





No Rio Grande do Sul, a cada 4 horas umas criança é vitima de violência sexual!





Fonte: Frente Parlamentar Estadual em defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A minha psicose!


Hoje tive sonhos não muito agradáveis. Dentre eles destacava-se a agressividade das palavras; A dificuldade de fazer entender-se; e o medo de aceitar o que a vida não pode negar.
Palavras são apenas formas de expressar o que se sente, ou então o que não se sente. Elas são ditas, jogadas ao vento sem muita cerimônia. Criam esperanças e por outro lado cospem na tua cara. Te desrespeitam e te maltratam. Embora goste de ouvir, não é o que se fala que me importa e sim o que se faz.

Fazer: dar existência ou forma a; criar; realizar; praticar; produzir; tornar; dar o estado, a condição, a disposição de; inventar; engendrar; executar; construir; inspirar; valer; supor; completar; limitar; marcar.

Sendo assim, delimito a possibilidade de compreender na medida em que dou forma às palavras. As palavras são psicóticas pois me confundem. Qual o meu real? Quem sou eu vivendo neste mundo do outro? Sinto meu pensamento desorganizado. Estou voando, não tenho chão e não consigo entender nada do que me diz.

Algo de muito estranho acontece. Queria fugir, mas não conseguia, estava preso naquela experiência. Sofri e gritei. Preciso ser eu! Como posso ser eu se estou aqui de novo a dizer, a falar e a escrever coisas que não sei explicar. Acho que resolvi materializar meu pensamento e além de pensar também fazer.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Porque vc faz isso?


To de saco cheio desta brincadeira de esconde-esconde.
Sei que não queres me machucar,
mas quando a vida mostra,
o coração em pedaços chora!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Aventureiro, Eu?


Preste atenção!
Não Importa o que aconteça,
quer seja aqui ou em qualquer lugar
Nós vamos dar um jeito.

Eu não posso fazer isso sozinho,
não conseguirei,
talvez esteja apenas perdido.

Do que você esta falando?
Você é o maior aventureiro que já vi.

Não sou exatemnte isso,
Não sou mesmo!

Você é mais esperto que isso.
Vamos em frente!

Em frente onde?
Não posso ir até lá,
Eu nem os conheço.

Fica logo ali,
Precisam de você.
Do que vc tem medo?

De tudo!!!

Pare com isso,
voce tem sede de correr o mundo,
e a coragem é algo que temos que encontrar todo o dia.
Confiança é o segredo da aventura.
Fique olhando para o horizonte.
Agora esta nisso até o pescoço e provando o gosto da aventura.

Eu? Onde?
Nao sinto nada.

Segure minha mão e veja o mundo!


Perguntas de um trabalhador que lê!


{Bertolt Brecht (18981956) foi um destacado dramaturgo e poeta alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido pelas apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble.}


Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros estão os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída?
Quem a reergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro moravam seus construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios para seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida na noite em que o mar a engoliu os que se afogavam gritavam por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou a Índia. Ele sozinho?
César bateu os gauleses. Não levava pelo menos um cozinheiro consigo?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem venceu além dele?

Uma vitória a cada página. Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos. Quem pagava as suas despesas?

Tantas histórias.
Tantas perguntas.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PRIMEIRO CONTATO


Chatice é meu apelido! Identidade construida no movimento estudantil, tempo de lutas e afirmaçoes, da construção de um novo saber. O Diretório ocupava-se de um novo pensar onde se entendia que além da defesa pela garantia da educação de qualidade deviamos ocupar nosso espaço enquanto movimento social, inseridos na conjuntura social e politica da sociedade brasileira e internacional. Exercitamos o materialismo dialético pois para aquele grupo as relaçoes sociais estão diretamente interligadas as forças produtivas. Saiamos da dimensão micro e passamos a perceber nosso lugar também no macro espaço das relações. Contradição e historicidade foram e são categorias que afirmam o pensar. Portanto, aquilo foi tempo de nascimento!
E agora? Agora estou aqui!