domingo, 1 de março de 2009

A volta do pássaro misterioso!

Como um pássaro misterioso ele voltou. Coisa boa poder receber de braços abertos um amigo que andava distante. Sem pudores, sem preconceitos, sem perguntas. As coisas fazem sentido quando são aceitas no coração, sem que necessariamente tenham que ser explicadas. E assim, bem assim, te recebo e te acolho com toda a intensidade com que sempre vivemos. Um gigante no corpo de donzela. Amigo que nas suas escolhas tem aprendido e que no aprendizado tem lutado. Por vezes uma luta vã, mas mesmo assim de afirmação de uma identidade. Preocupo-me apenas em saber que ele sucumbiu à pressão dos seus. Mais um!!! Parece que conheço uma historia assim. Mas deixa pra lá. Bem pra lá! O importante é que esta volta seja repleta de beleza, de curiosidades e de muita felicidade, mas principalmente de muitas cores!!!

Um comentário:

  1. Olha eu aqui novamente...

    Queria te deixar um trecho de um conto do Caio Fernando Abreu que acabei de reler:

    "E eu te disse que além do que não tínhamos, não nos restava nada. Disseste depois que o dia inteiro só querias chorar, e que eu aceitasse. Eu disse que achava bonito e difícil ser um tecelão de inventos cotidianos. E acho que não nos dissemos mais nada, e dissemos outra vez tudo aquilo que já havíamos dito e diríamos outras e outras vezes, e de repente percebemos com dureza e alívio que já não era mais o dia de ontem - mas que conseguíramos sentir que quem não nascer de novo já era no Reino dos Céus. Não sei se não ouviste, mas ele não veio e a noite inteira o telefone permaneceu em silêncio. Foi só hoje de manhã que ele tocou e ouvi tua voz perguntando lenta se eu ia continuar tecendo. Olhei para tua cama vazia, e para os livros sobre o caixote branco, e para as roupas no chão, e para a chuva que continuava caindo além das janelas, e para pulseira de cobre que meu amigo me deu, e para a ausência do amigo queimando o pulso direito, mas perguntaste novamente se eu estava disposto a continuar tecendo - e então eu disse que sim, que estava disposto, que eu teceria.Que eu teço."

    Beijo grande

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