sábado, 21 de novembro de 2009

Tranquilidade estranha

Certo dia no devaneio de minha loucura escrevi no msn a seguinte frase: "Existe uma tranquilidade estranha". Dias após me surprendo com a simbiótica relação da distância. Lá pelas bandas do centro do Estado onde os cavalos disputam corridas eletrizantes e existe uma santa negra, alguem pensou e materializou a clara expressão da loucura em mim e provavelmente nele tambem. E assim foi-me presenteado e dito por este amigo:

Existe uma tranquilidade estranha, que até se torna perturbadora. Como o louco, que conhece bem o corredor estreito e frio, que de tanta tranqüilidade atordoa. E não há razão maior para temer se a calmaria chega com o morrer da noite e volta com o nascer? Mas que tranqüilidade pode existir, se na estranheza do meu ser, eu, que nem baixa nem alta tenho, pois sou o dito louco, me atordôo com o simples silêncio, que me força falar, falar e falar sempre com os outros.
Porém, que loucura existe em mim?
Ah,tudo bem, sou louco sim, tão louco que chego a fingir-me de certo, pra contentar a loucura, que de tão perturbadora e estranha me tranqüiliza, com um sorriso fino e um olhar profundo, que somente aos certos é que perturba.

3 comentários:

  1. e quem não é louco? única pergunta que me vem à mente.

    bom, só retribuindo a visita.
    gostei do teu texto. penso que volto.

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  2. Teu blog está MARA!

    Adorei os textos...

    E obrigado pela ajuda lá no meu, já saiu o resultado da bagunça, passa lá!

    ;)

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  3. Loucos, a minoria. Aqueles que com o olhar sereno observam todas as ovelhas correndo na mesma direção. Os loucos poucos que conseguem ver luz onde há apenas o caos, desconformando assim os certos, que de dentro de suas cavernas insistem em reconhecer a verdade apenas como uma projeção da realidade em forma de sombra.

    Texto lindo Dii!

    =)

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